terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fazer a coisa certa, no tempo certo, com fé em Deus é a lição do culto semanal



O tradicional culto semanal no Palácio Paiaguás, nesta terça-feira (26.10), foi conduzido pelo pastor Eduardo Baldaci de Lima, da 1ª Igreja Batista de Cuiabá, e teve como tema os dons de Deus, concedidos à nós, que devem ser usados para o bem e de forma certa.
A base para a reflexão foi uma passagem de Ester na qual diz “E quem sabe se não foi para tal tempo como este que chegastes ao reino” (Ester: 4, 14). O pastor destaca que Ester era uma mulher do povo, que se casou como rei e se tornou rainha. Hamã, começou orientar o rei a perseguir o povo de Israel, quando chegou até Ester o bilhete pedindo que ela intercedesse, junto ao rei. Esse bilhete contando as perseguição condoeu o coração de Ester que resolveu ajudar.
Será que Deus não nos concedeu um dom, o nosso dom, para interferir, para superar aquilo que nos incomoda, como fez com Ester? Mas antes de agir Ester chamou Mardoqueu e pediu que juntasse todos judeus que se achavam em Susã e orasse e jejuasse por ela por três dias.
Essa é outra lição, ressalta Baldaci: temos que tirar um tempo para Deus. Antes de tomar qualquer decisão temos que orar, pedir a Deus que ajude a fazer a coisa certa. Esse orar é reconhecer o papel da fé e sempre lembrando que “Deus nos coloca no certo para fazer a coisa certa”.
Junto com a oração de exaltação, todos recitaram o Pai Nosso, a oração que o Cristo nos ensinou. Participaram servidores das secretarias Casa Civil, Secom e Gabinete do Governador Silval Barbosa.

domingo, 17 de outubro de 2010

Afinal de Contas, do lado de quem "Deus está"?




















Após receber centenas (por que não dizer milhares...) de emails com boatos, ameaças, acusações contra candidatos nas eleições de 2010, resolvi escrever o presente desabafo em forma de artigo.

Charge Norte-americana aonde diz que a Hillary era a mensageira do anti-cristo.

A Bíblia diz que "Deus não é Deus de confusão", então logo de cara, a confusão que a igreja brasileira aprontou sobre o assunto já entristeceu com toda certeza o coração de Deus. A Bíblia diz também que em "Deus não há sombra de variação", ou seja, a Vontade de Deus não muda de uma hora para outra.

Me lembro nitidamente que nas eleições de 2006, uma candidata (pastora) ao senado disse que "Deus havia revelado que ela seria senadora do Brasil". Ocorre que a pastora sequer ficou em terceiro lugar na disputa à cadeira. Quando Deus fala, Ele cumpre.

Já ouvi muitas besteiras em nome da fé (ou seria da sede de poder ): "Crente que não vota em crente comete pecado", "Deus pesa sua mão em quem não vota em irmão"... argh são tantas, que nem vou citar todas...

Como nunca vendi meus votos por nada, e sou daqueles que nunca cedeu seu púlpito para discursso político.  Meu desencanto com os "irmãos políticos" começou com um problema simples: Era Pastor no Rio de Janeiro, apoei um amigo apenas com a pretensão de ter alguém para recorrer para sugerir leis, projetos ou cobrar a execução dos mesmos. Numa noite, fui chamado à um hospital para uma visita fora de hora, sendo devidamente barrado. A alegação do hospital é que a Lei estadual e federal que permite visita em centros de internação coletiva não "valia naquele recinto". Recorri ao meu "deputado" e ouvi dele: "Problema seu, você não soube abordar a direção do hospital". Um vereador dito "incrédulo" foi quem resolveu a situação, criando uma lei municipal. Meses se passaram, e o irmão deputado foi estampado no JN em escândalo de proporções nacionais.

Pregando para um outro amigo político, ouvi a seguinte declaração: "Vou aceitar Jesus, mas antes preciso deixar a política, pois os ensinos de Jesus são incompatíveis com os meandros da política". Anos se passaram, ele deixou a política e se tornou um atuante líder de igreja.

Infelizmente, o Aprisco das Ovelhas tem se transformado em um "curral eleitoral". O pior, os motivos para votar num candidato são os mais ridículos possíveis: "Ele é dono de uma rádio evangélica", "Ele tem uma gravadora e manda uns cantores para nossos cultos", "Vamos ter um show evangélico de graça". Isto para não falar de bancos, tijolos, cimento e outras coisas inimagináveis.

Acabei de assistir "Tropa de Elite 2" e em minha mente ainda ecoa algumas declarações que demonstram verdades que não queremos ver: O sistema é podre !!! E se falamos de política, sempre falaremos de sistema. E quando misturamos o assunto com religião, não podemos ter a ilusão de que não haja um "sistema religioso com intenções políticas" ou um "sistema político com intenções religiosas".

A Igreja definitivamente se esqueceu dos princípios da reforma e da Bíblia. Da reforma por uma questão histórica e da Bíblia por uma questão de valores espirituais. Entretanto, diz o adágio popular que "Quem esqueceu as lições do passado está fadado à cometer os mesmos erros no futuro".

Jesus tantas vezes disse que "... o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder espiritual" e "O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu Reino não é daqui."

Na Wikipledia lemos: "A separação Igreja-Estado é uma doutrina política e legal que estabelece que o governo e as instituições religiosas devem ser mantidas separadas e independentes uns dos outros. A expressão se refere mais freqüentemente a combinação de dois princípios: secularismo do governo e liberdade religiosa".

A Campanha 2010 veio fazer um raio X da Igreja ( e aqui, sem separação da Católica e Evangélica).

A católica que historicamente apoiou o PT, agora começou a atacar a candidata Dilma. Don Luiz Gonzaga declarou em uma carta: "Recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam."

A evangélica demorou à acordar para o assunto, e quando o fez, complicou de vez a cabeça do povo evangélico brasileiro. Silas Malafaia apoiou Marina e depois voltou atrás, apoiando José Serra, ou "Zé do Bem". Manoel Ferreira declarou em carta aberta apoio ao PT e Dilma: "Reitero neste momento a nossa posição de apoio total e irreversível à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República Federativa do Brasil, com a certeza de que estamos no rumo certo do sucesso… dos princípios éticos cristãos, sendo estes inequivocamente a base para a vitória que todos queremos os quais são defendidos reiteradamente por Dilma Rousseff."


Jornal "O Dia" estampa na capa de domingo dia 16 de outubro, suposto aborto da mulher de Serra. Mais lenha na fogueira....







Até mesmo os mais conservadores como os Batistas (que não possuem "papas" ou "bispos") entraram na "briga". Paschoal Piragine fez declaração que bateu recorde de exibição no Youtube. Não podemos esquecer dos que apoiaram Marina, dizendo que havia profecias de que ela ganharia para presidente do Brasil!!!

Vídeo aonde Serra defende União entre pessoas do mesmo sexo



















Em Síntese, Dilma faz a mesma coisa...


Marina, fez estas declarações....

Afinal de contas, quem "Deus" está apoiando (se é que Deus apoia candidatos?) nesta campanha?

Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor, assim diz a Bíblia. Porém o que fazer se nenhum dos candidatos é "Servo do Senhor"?

Quando olhamos os dois candidatos ao segundo turno, em qual devemos votar ? Dilma? Serra?

Antes, gostaria de falar de alguns princípios cristãos que foram "esquecidos" durante a campanha (se é que não estão sendo esquecidos no dia a dia da vida de milhares de religiosos?)


1) Deus condena a Mentira - Quando passamos à diante um fato que não é comprovado em sua veracidade, acabamos nos fazendo de mentirosos. O diabo é o pai da mentira (João 8:44)

2) A Calúnia é Pecado - "Nos últimos dias sobrevirá tempos difíceis; pois os homens serão... caluniadores... Foge também destes” (2Tm 3.1-5)”Não espalharás notícias falsas... Da falsa acusação te afastarás..." (Ex 23.1,7)

”Seis cousas o Senhor aborrece... testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre os irmãos.” (Pv 6.16,19)
"A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras perece”(Pv 19.9)

3) Cuidado com os Falsos Profetas - “Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra de se não cumpri, nem suceder, como profetizou, esta é a palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenha temor dele.” (Dt 18.22)

- Falam para agradar seus ouvintes ou “patrões” ( I Rs 22.1-6 );

- Falam sem serem autorizados por Deus ( Ez 13.1-9 );

- Suas profecias tendem a afastar o povo da Palavra de Deus ( Dt 13.1-4 );

- Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus “dons” ( Nm 22.7; Jd 11 );

4) Cuidado com Líderes com "segundas intenções" - "Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, ... " I Tim 4

5) Preconceito e perseguição Religiosa - Embora bem visível no Velho Testamento, na era da Graça neo-testamentária, vemos a "política" da Graça e do Amor. Preconceito só gera preconceito. "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas." Mateus 7:12

Eu poderia ainda dizer inúmeros ditados populares tais como: "os fins não justicam os meios", etc.. Poderia dizer que o mundo não está indo de mal à melhor, mas sim de Mal à pior segundo as profecias bíblicas.

Sinceramente, ando desconfiado que tanto apoio deste ou daquele líder religioso não esteja associado à promessas de concessão de rádios e canais de Tv. Isso só o futuro dirá.

Muito além do aborto, drogas e casamento homossexual já nos deparamos com assuntos contra os quais a igreja ficou calada: "Dólares na cueca", "questões do oriente médio", "a falta de atendimento médico adequado ás nossas próprias ovelhas", "questões ambientais sérias tais como desmatamento e queimadas", "drogas, bullying e violência crescente nas escolas atingindo nossas crianças e adolescentes"...Não nos esqueçamos dos "mensalões"... Há tantas questões para a Igreja se pronunciar !!!


Me sinto envergonhado quando vejo a Mídia cheia de pastores chamando outros de "safados". Me dá nojo em saber que há interesses ocultos, maquiados com santidade. Porém, mesmo neste momentos de crise na igreja, nem tudo esta perdido. Um manifesto de líderes neutros, mostra que ainda há um remanescente fiel em Israel.

Assim, vou até às urnas no dia 31. Não com minha cabeça feita por este ou aquele pregador. Não com meu voto vendido. Não com "rabo preso". Vou votar num incrédulo(a) ( os dois o são, pois não possuem Jesus como Senhor e Salvador). Vou orar para que Deus tenha Misericórdia de nossa Nação. Vou confiar que no Passado, Deus usou líderes incrédulos para os Seus Propósitos. Vou Crer na Soberania de Deus. Vou Crer nesta Promessa: ""O coração do rei está na mão do Senhor; inclinálo-á para onde quiser" (Pr 21,1)

Parafraseando o Senador Magno Malta, digo: "Não estamos escolhendo um bispo, um papa, uma sacerdotisa ou qualquer outro líder religoso para o Brasil. Estamos escolhendo um Presidente(a) e o que devemos olhar são os planos de governo e não questões religosas".

“Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.” Jeremias 29.7

Silas Malafaia, comete crime político e defende José Serra...



A Ala mais conservadora da Assembléia de Deus (A Madureira) apóia Lula e Dilma...





O autor é Pastor Evangélico Batista Tradicional desde 1992, graduado Internacional do Haggai Institute, Ouvidor Público e apresentador do Programa "De Olho no Céu".

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Manifesto Evangélico por um Processo Eleitoral Ético

Nós, evangélicos e evangélicas, brasileiros, eleitores e cidadãos comprometidos com a verdade e a justiça, manifestamos profeticamente as nossas rejeições e defesas diante da onda de conservadorismo que se abateu sobre o país nesse processo eleitoral.

Rejeitamos os posicionamentos de alguns líderes evangélicos, que em vez de preparar cidadãos, com plenos conhecimentos de seus direitos e deveres, encaminham seus fieis para um exercício equivocado da fé.

Rejeitamos a disseminação de boatos e inverdades com fim de manipular o eleitorado.

Rejeitamos a manipulação, seja ela de que forma for, e a redução das questões cruciais e relevantes no processo eleitoral a temas presos ao mero moralismo.

Rejeitamos o uso da fé como instrumento de manipulação política no momento em que temas como erradicação da pobreza, sustentabilidade ambiental e desigualdade social precisam ser discutidos pela sociedade.

Rejeitamos o papel da mídia, que dá voz e espaço, para que a onda de conservadorismo ganhe visibilidade, desviando o foco das propostas dos candidatos.

Rejeitamos a demonização dos candidatos e partidos, além do processo eleitoral.

Rejeitamos a difusão de informações equivocadas dos papéis que cabem ao Executivo e ao Legislativo no país.

Rejeitamos qualquer forma de intolerância religiosa.

Dessa forma, defendemos que as eleições devem girar em torno das questões programáticas e dos planos de governo.

Defendemos, como herança do Protestantismo, a manutenção e o fortalecimento do Estado Laico.

Defendemos a necessidade de uma reforma política e eleitoral que leve o Brasil, do sistema proporcional, no máximo, ao distrital misto, para que os candidatos tenham vínculos comunitários.

Defendemos o aprofundamento do Estado de Direito e a consecução do estabelecimento do Estado de Equidade social, política e econômica.

Defendemos uma Igreja independente, que não se submeta aos interesses políticos e eleitorais. Ao contrário, que exerça sua função profética produzindo cidadãos livres e conscientes de seu papel cívico.

Defendemos a manutenção e o avanço das conquistas sociais que, nos últimos anos, fizeram com que uma parcela significativa de brasileiros saísse dos níveis de pobreza inaceitáveis em que viviam.

Defendemos a manutenção de políticas públicas que promovam a erradicação da pobreza e a maior igualdade entre os brasileiros.

Por fim, assumimos o compromisso de continuarmos orando e contribuindo solidariamente com a construção de um Brasil sustentável, economicamente viável e socialmente justo.