sexta-feira, 18 de novembro de 2011

POSSO ESCREVER O QUE BEM ENTENDO NAS REDES SOCIAIS?



 A resposta é sim e não... Sim, porque tenho liberdade de expressão garantida pela constituição brasileira. Assim, posso postar “Estou no cinema assistindo à um filme...”, “participando de um churrasco com a família” e coisas do gênero.
Cada vez mais as pessoas estão preocupadas com as informações pessoais que expõe nas redes sociais. Por mais que as redes sociais possuam controles que permitem configurar quem irá visualizar suas informações, uma premissa básica sempre é valida: Não informe nas redes sociais o que você não quer divulgar para todos.
Temos acompanho protestos e movimentos sociais oportunos, todos sendo agilizados pelas redes sociais. Assim, neste sentido, você pode “sim” postar qualquer coisa que mostre bom senso.
Porém, há também o “Não”! Muitos se esquecem que ao postar um comentário você pode na realidade estar ferindo o direito alheio. Alguns posts chegam à serem tratados de Cyberbullying, pois são recheados de preconceitos religiosos, étnicos, políticos e sexuais. Atrás de perfis controlados por “nicknames” e fotos fictícias, alguns usuários se esquecem que as leis brasileiras e internacionais valem também para o ambiente virtual.
O jornalista e blogueiro norte-americano Joe Sharkey acaba de ser condenado pela Justiça Brasileira por críticas e ofensas às vítimas do acidente da Gol.
Recentemente a empresa Google Brasil Internet Ltda. foi condenada a pagar indenização à equivalente a R$ 12 mil ao autor cuiabano de uma ação de indenização por danos morais que alegou, com êxito, ter experimentado dano em decorrência da postagem de mensagens de cunho ofensivo no site de relacionamento Orkut. Ou seja, você “Não pode” escrever o que bem entende sem sofrer as sanções pelo que escreveu!
Ontem, fiz o compartilhamento de uma mensagem cristã, na qual havia uma reflexão baseada em princípios bíblicos sobre o uso do preservativo masculino. Toda hora ouvimos a famosa frase: “Use camisinha”, tal como se o único problema com o preservativo fosse a transmissão da AIDS.
Antes de mais nada, preciso explicar que a Igreja evangélica não considera o SEXO como o pecado original. Para nós, evangélicos, sexo é pecado fora do casamento monogâmico e heterossexual. O controle de natalidade é bem vindo, com ação responsável, desde que se utilizem métodos não abortivos. A Camisinha é um método não abortivo, portanto, aceita perfeitamente.
Ocorre é que as campanhas de saúde pública induzem ao sexo irresponsável. Do tipo, “Pode pecar, mas use camisinha !” Ocorre que o relacionamento entre duas pessoas não envolve apenas o lado “carnal”. Sexo envolve a alma, o espírito e tem sérias influências em todas as demais áreas da vida de um ser humano.
Foi só compartilhar a imagem, e surgiram no meu perfil, mensagens dizendo que pessoas tem “nojo” dos religiosos que criticam a camisinha, que é “coisa de gente estúpida, imbécil...”; enfim, agressões verbais “recheadas” de preconceito, coisas que uma pessoa só tem coragem de falar à quilômetros de distância e escondida atrás de uma tela de computador.
Ora, eu posso defender meu ponto de vista, sem precisar ofender ao próximo! Qualquer um pode ser à favor do uso do preservativo de maneira irresponsável, sem necessidade de ofender os que são à favor do uso responsável.
Como não tolero este tipo de coisa, postei uma repreensão e fiz menção às sanções do Facebook. Fui chamado de radical (!?!) Ora, quer dizer que posso ser chamado de “imbecil” e quando vou procurar meus direitos, sou radical???
Não podemos escrever o que bem entendemos, e fugirmos das conseqüências de nossos atos. Você é responsável pelos seus “Posts”. Cuidado com o que postas !!!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pastor fala sobre a importância da oração

No Culto Ecumênico realizado nesta terça-feira (08.11), no Palácio Paiaguás, o pastor Eduardo Baldaci de Lima, membro da equipe da 1ª Igreja Batista de Cuiabá, leu um texto da Bíblia, do Livro do Profeta Daniel, Capítulo VI, Versículo X, que trata da importância da oração.



O pastor explicou que Daniel aprendeu a orar todos os dias e fez disso um hábito. “Ele tinha uma vida de oração. Não orava apenas nos momentos difíceis, como muitas vezes nós fazemos”, salientou o pastor, afirmando também que o Culto Ecumênico realizado semanalmente no Gabinete do Governador é importante, mas que a oração precisa ser um costume diário na vida de todos.

Para orar, as pessoas não precisam estar de joelhos dobrados e olhos fechados. “Quando vocês acordam, agradecem a Deus pela noite que tiveram? Quando vão dormir, agradecem pelo dia que passou? Agradecem a Deus pelo alimento? Orar significa falar, conversar com Deus. E podemos conversar com Deus a todo o momento”, afirmou o pastor Eduardo Baldaci.

A oração, destacou o religioso, não deve ser feita como um paliativo e também não deve ser entendida como um amuleto. “Todos nós iremos passar por momentos difíceis em nossas vidas. Mas o importante é orar e buscar a Deus acima de tudo”

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O EVANGELHO E O CONTROLE SOCIAL




Controle Social é a integração da sociedade com a administração publica, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência.
O Controle Social é um instrumento democrático no qual há a participação dos cidadãos no exercício do poder colocando a vontade social como fator de avaliação para a criação e metas a serem alcançadas no âmbito de algumas políticas publicas. Em resumo, numa sociedade democrática, Controle Social é o povo “colocando a boca no trombone” pelos seus direitos.

Durante muitos anos, aprendi na Igreja evangélica, que o crente deve ser manso, submisso às autoridades e evitar contendas. Porém, sempre pairou uma pergunta sem resposta: “Até aonde minha submissão deve ir quando o poder público não pratica a ética?”. Será biblicamente correto se calar diante das injustiças sociais? Será que ao comprar um produto com defeito, só porque sou servo de Deus, devo colocar o assunto nas mãos da “Justiça de Deus” e ficar calado sofrendo meu prejuízo em nome de minha fé?

Em 2004, fui convidado ao cargo de Ouvidor. Trata-se de um cargo aonde o poder público nomeia uma pessoa que tem o “poder de ouvir reclamações e denúncias sobre as mazelas públicas” e interferir à favor do Povo buscando a apuração e solução de uma situação evidente de desrespeito ao contribuinte. Em outras palavras, Controle Social.

Descobri que “desde criancinha” tinha vocação para a coisa, pois sempre considerei desumano o descaso com os direitos alheios. Só quem não tem plano de saúde e precisa sofrer com a má educação e péssimo atendimento em postos de saúde, pode entender a importância do Controle social. Enfim, vi na função de Ouvidor uma espécie de “ministério” em prol dos direitos do próximo.
“Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição.. Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” é um dos versículos que falam da obrigação do Justo de “abrir a boca” em favor dos desamparados. Ou seja, o silêncio seria omissão, apatia, alienação, conseqüentemente, pecado. Tiago fala sobre este pecado da Omissão quando diz: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado.” Tiago 4:17
Paulo ao ser injustiçado, recusou-se a aceitar o “cala boca” do Rei Agripa e exigiu ir até César: “Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes. Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César” (Atos 25:10,11)

Assim posto, não resta dúvidas de que reclamar seus direitos e do próximo é algo extremamente bíblico !

O que o Cristão deve entender, é que estas manifestações devem ser verídicas e feitas com critério.

Por exemplo, se você vai denunciar um traficante perto de sua casa, é lógico que não deve expor seu nome. Não deve o cristão também, fazer qualquer denúncia ou reclamação baseado em fofocas, o que além de crime é também pecado de maledicência.

Sempre que faço uma reclamação, tenho o cuidado de basea-la em uma lei específica, anotando todas as irregularidades acompanhadas. O Código de Defesa do Consumidor, a constituição federal, leis estaduais e o Código Civil são importantes instrumentos para alicerçar sua queixa.

Recentemente fui “barrado” numa visita pastoral à um determinado hospital. Fiz menção às leis (as quais todo funcionário público não pode alegar desconhecer). Fiz questão de imprima-las e entregá-las à direção, que mesmo assim manteve o veto à minha entrada. A solução? Procurar a Sec. Municipal de Saúde, gestora do hospital, protocolar uma denúncia e cobrar providências !

Se você meu irmão, tiver problemas ao comprar um produto com defeito ou notar qualquer irregularidade em órgãos públicos, tais como desvios de verbas públicas, alto índice de mortalidade no hospital de sua cidade ou aquela má educação de um servidor ao atendê-lo, siga as seguintes dicas:

1) Anote o dia, hora e local da ocorrência;
2) Tente descobrir o nome dos envolvidos, apelidos e cargos;
3) Se for possível e não for lhe expor, tire fotos do fato ocorrido;
4) Ao adquirir um produto exija nota fiscal e que o mesmo seja testado pelo atendente diante de sua presença;
5) Antes de adquirir um produto, procure conhecer informações sobre o fabricante. O site www.reclameaqui.com.br informa o Rank das empresas com maior índice de reclamações.
6) Consulte leis específicas que defendam o seu direito;
7) Procure a Ouvidoria, SAC, CAC ou qualquer outro canal para formalizar sua queixa, anotando o protocolo de atendimento. Se não houver uma resposta, você poderá procurar um órgão superior para uma nova reclamação/denúncia (PROCON, MPE e agências reguladoras).

Da próxima vez que um direito seu ou da coletividade for ultrajado, pense duas vezes se é bíblico ficar calado.


Eduardo Baldaci de Lima, 45 anos, casado com a Educadora Religiosa Kely Baldaci e Pai de Cyro Eduarddo e Gabryella Kelly, é Pastor Batista desde 1992, cursou o Seminário Teológico Batista de Niterói, graduado em Liderança pelo Haggai Institute em Maui, Hawaii em 2006. Astrônomo Amador Criacionista, sendo um dos 5 registrados pela NASA / JPL no Brasil, apresentador do Programa "De Olho no Céu" na TV. Ass. Leg. MT. Atua desde 2004 como Ouvidor Público no Governo de Mato Grosso, estando no momento como Ouvidor da SEC. ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO.
Contato: www.eduardobaldaci.com / Twitter: @eduardobaldaci

ENFRENTE OS VENTOS CONTRÁRIOS

“E, partindo dali, fomos navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários. “ (Atos, 27.7)

Uma Crise: Ventos contrários

O QUE FAZER?
I – RESIGNE-SE DIANTE DA CRISE
“Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas.” Atos 27:10
Paulo, servo, passou pelo seguinte contexto:
. Ondas impetuosas, céu fechado
. Impressão de Deus estar ausente
. O “barquinho” muito frágil diante da tempestade
Ele não blasfemou e nem ficou parado. Aceitou e enfrentou a situação.

II – REAVALIE SUAS PRIORIDADES
“E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio.” Atos 27:19
Lançaram fora tudo o que não era prioritário. Temos que ter prioridades.
III – RELEMBRE DAS PROMESSAS DE DEUS
“Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo, Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito.”Atos 27:23-25

Conclusão: “E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra a salvo.” Atos 27:44

sexta-feira, 1 de julho de 2011

MOSTRE RESULTADOS DIANTE DAS OPORTUNIDADES DA VIDA


“E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não acho; corta-a; porque ocupa ainda a terra inutilmente? E respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que escave e a esterque, E se der fruto, ficará,e, se não, depois a mandarás cortar.” Lucas 13:6-9


Símbolos:

Certo Homem... Deus

Figueira .... Ser humano

Vinhateiro... Espírito Santo

Cortar... acabar com as oportunidades.

Curiosidade hermenêutica : Entre o Plantio de uma semente ou muda, havia um período mínimo de 3 anos. Na cultura judaica havia o costume dos 3 primeiros anos serem de dedicação. A cada 7 anos, havia o ano sabático aonde não se trabalhava, não se colhia nada... então, na realidade somente no 8º ano foi-se buscar fruto nesta árvore.

I – DEUS NOS DÁ UMA VIDA CHEIA DE OPORTUNIDADES – O QUE TEMOS FEITO DIANTE DESTAS OPORTUNIDADES?

Deus nos dá vida e oportunidades...

. Vida profissional

. Vida emocional

. Vida espiritual

II – DEUS ESPERA RESULTADOS DE NOSSAS VIDAS – QUAIS SÃO OS RESULTADOS QUE TEMOS APRESENTADO?

Você é uma pessoa melhor hoje, do que foi ontem?

Em quais áreas você tem crescido?

Sua fé tem crescido? Sua vida tem demonstrado frutos em todas as áreas.

III – DEUS É MISERICORDIOSO EM PACIÊNCIA CONOSCO – COMO TEMOS REAGIDO À MISERICÓRDIA DE DEUS?

"As misericórdias de Deus se renovam a cada manhã" Lm 3:23

Ø  Reavaliar nossas ações

Ø  Realinhar nossos alvos

Ø  Refletir sobre nossos erros

Ø  Redirecionar nosso caminho

IV – DEUS IRÁ CESSAR AS OPORTUNIDADES – DO QUE PODEREMOS RECLAMAR?

A parábola contada termina abruptamente, sem o final da história. Razão: Nós ainda estamos escrevendo esta parábola.

Hoje, Deus está olhando para você e o Espírito Santo intercedendo por você.

As oportunidades passam, a vida passa...qual a decisão que você tomará?


“A oportunidade é perdida pela maioria das pessoas porque ela vem vestida de macacões e se parece com trabalho.”   Thomas Edison

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ainda sobre Osama... Vamos falar de ética !




Disse certa vez Einstein: "O Cerébro humano exposto à uma nova idéia, nunca volta ao seu tamanho natural". Com este pensamento, quero externar o meu desejo como todo este debate: O de fazer as pessoas pensarem !

Dentro da linha ética que sigo, todos os que estão com "pena" de Osama estão totalmente errados! E parece que eu não estou só... Um vereador foi pedir um minuto de silêncio, foi mau interpretado e deu no que deu... http://g1.globo.com/morte-de-bin-laden/noticia/2011/05/vereador-pede-minuto-de-silencio-por-bin-laden-e-fala-em-mal-entendido.html

Como eu não tenho a presunção de querer que todos pensem como eu penso, vou colocar um texto copiado na íntegra do site: http://marianaft.wordpress.com/2009/09/28/a-etica-o-cristao-e-a-guerra/


A ética, o cristão e a guerra


O objetivo deste trabalho é falar sobre a relação entre a guerra e a ética, analisando também a posição que o cristão assume perante este conflito.
Antes de começarmos, porém, é necessário definir guerra. Segundo o dicionário Aurélio, guerra é “luta armada entre nações ou partidos; conflito.” Granz e Smith (2005), em seu Dicionário de Ética, dizem que guerra “é o conflito armado entre nações ou grupos de pessoas”. Podemos concluir então que, para haver guerra, é necessário armas. Isso significa conseqüentemente, que não há guerra sem violência, sem feridos e sem mortos.
A guerra pode ser originada por vários motivos: religioso, ideológico, político, geográfico, discriminatório, etc. No entanto, nem todo motivo é considerado justo pela sociedade e, em alguns casos, a guerra poderia ser evitada devido à existência de outros meios possíveis para a resolução do conflito. Com base nisso, surgiram algumas visões e posições a respeito da guerra, que serão enumeradas a seguir:
Ativismo: Segundo esta visão, a guerra sempre é uma forma válida para se resolverem os conflitos entre nações ou grupos. Os ativistas têm como argumento o fato de que todo o cidadão deve respeitar o governante e obedecer-lhe. Além disso, o indivíduo não deve estar passivo numa luta em defesa dos interesses de seu povo ou grupo.

Teoria da guerra justa: essa teoria defende a guerra originada por uma causa ou intenção justa. Esta visão acredita que, em alguns casos, o combate é eticamente justificável. Por exemplo, uma nação possui todo o direito de se defender diante de um ataque ou de um opressor. Não foi esta nação que começou, e há vidas inocentes em jogo, por isso o correto seria participar da guerra e defender o povo.

Pacifismo: os pacifistas partem da premissa de que é errado se utilizar da violência para acabar com a violência. São contra o uso de armas, tanto numa guerra quanto numa intervenção policial, ou mesmo no caso de posse de armas. Os pacifistas acreditam que é possível as pessoas resolverem suas diferenças por meio da diplomacia.

Não-violência: é uma visão que defende a luta pelos ideais e princípios da nação ou grupo, porém não pode ser considerada uma maneira de guerrear porque eles se recusam a usar a violência para atingir seus objetivos. Os que seguem a visão da não-violência lutam, combatem, chamam a atenção do mundo para a sua causa, mas não se valem da força física, nem de armas. Gandhi e Martin Luther King são exemplos de líderes defensores da não-violência.

Não-resistência: trata-se de uma visão contra a violência, porém ao ponto de agir passivamente ou não agir diante da violência oponente. A idéia é que não resistir ao inimigo também é uma maneira de protestar.

Terrorismo: é uma forma antiga de guerrear (a metodologia dos zelotes, do Novo Testamento, era considerada terrorista). Trata-se da violência armada, militar ou não, que procuram intencionalmente atacar civis para que, pelo medo gerado, possam atingir seus objetivos, que podem ser religiosos, políticos, econômicos, etc.

Os indivíduos possuem visões muito diferentes uns dos outros em relação a este assunto. Uns acreditam que a opressão é um instinto do ser humano. Porém, se considerarmos que instinto é algo biológico, inerente a uma determinada espécie e que não se pode fugir dele, então poderemos concluir que a opressão não é um instinto, já que é possível evitá-la e controlá-la; além disso, existe um número grande de pessoas (e não podem ser consideradas exceções) que são oprimidas e não oprimem nem sentem impulsos para oprimir. Acreditar que a opressão é inerente ao ser humano pode ser uma maneira de o indivíduo demonstrar sua visão ativista de guerra.
Há indivíduos que procuram defender o pacifismo com o argumento de que matar pessoas é uma crueldade. Mas aqui a questão está no conceito de que temos de crueldade. A crueldade sempre esteve relacionada à dor ou sofrimento sem propósito que um indivíduo impõe sobre outro. Contudo, quando há um propósito justo aquele sofrimento pode estar relacionado à crueldade? Segundo o exemplo de Barrington (1974), um cirurgião não pode ser considerado cruel por infligir dor a um paciente, pois sabemos que aquela dor é temporária e o paciente, após algum tempo, se sentirá melhor do que se sentia antes da cirurgia. Por isso, os defensores da guerra justa consideram que é mais cruel permitir que oponentes destruam o povo inocente do que não resistir à violência em prol de melhorias, mesmo que por um tempo pessoas inocentes tenham que sofrer.

Em favor da guerra, tanto os defensores da guerra justa quanto os ativistas possuem o seguinte argumento:
Pelo fato de que os métodos amorais e imorais prometem maiores vantagens nas lutas políticas, todas as políticas ficam manchadas pela imoralidade. A tentativa de evitar essa nódoa, entretanto, a busca de pureza, pode tornar-se a maior imoralidade de todas no sentido de causar o maior sofrimento, porque deixa a arena política à mercê dos que têm menos escrúpulos. (p.57)
Isso significa que, mesmo que pensemos na guerra como algo imoral ou amoral, não devemos deixar de praticá-la porque, se não a fizermos, aqueles que não estão interessados em ética e moral a farão, e o resultado será pior do que seria se tivéssemos aceitado guerrear. Na não-resistência as conseqüências são piores no sentido de que mais pessoas inocentes são atingidas, pois não há quem as defenda. Essa permissividade ao ataque a inocentes sem defesa pode, como já foi dito, ser considerada mais imoral do que a resistência.

Assim como a sociedade possui diferentes formas de pensar a guerra (este não será o foco do trabalho), o meio cristão também diverge em suas opiniões quanto ao assunto. É possível encontrar cristãos que defendem o ativismo, o pacifismo ou a teoria da guerra justa; e todos eles têm argumentos bíblicos para defenderem sua visão.
Os cristãos ativistas utilizam como principal argumento o fato de que o governo é instituído por Deus (Rm 13:1-7), e nosso dever é obedecer às autoridades e, conseqüentemente, participar da guerra quando esta for declarada.
É no Antigo Testamento que há mais menções da autoridade que o Senhor dá ao governante: Deus escolhe Davi para reinar sobre Israel (1 Sm 10:24), e depois deste vêm outros reis. Em Daniel 4:25 diz que “o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.” No Novo Testamento também há referências à autoridade humana. Em Romanos 13:4, que já foi citado anteriormente, diz, com relação ao governo: “Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.” Há também a famosa declaração de Cristo, sempre usada para defender a submissão aos governantes: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22:21). Pedro diz: “sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.” (1 Pe 2:13, 14). Portanto, se o governo decide pela guerra, sendo esta justa ou injusta, o cristão deve concordar e participar, pois a obediência à autoridade é obediência a Deus; e a desobediência à autoridade consiste na desobediência a Deus. Esta é a visão do cristão ativista.

Pensemos agora no cristão pacifista. Para ele, é terminantemente errado participar da guerra. O pacifista utiliza três grandes argumentos contra a participação numa guerra: 1) um dos mandamentos do decálogo é “não matarás” (Ex 20:13); 2) Jesus ordenou que não resistíssemos ao mal (Mt 5:39); 3) devemos amar todos (inclusive nossos inimigos), e a guerra expressa ódio, não amor.

Quanto ao mandamento do decálogo, os pacifistas afirmam que a Bíblia deixa muito clara a proibição. Não se pode assassinar, e a principal conseqüência de se fazer guerra é o assassinato em massa. Contra o argumento dos ativistas quanto às guerras do Antigo Testamento, os pacifistas dizem que essas guerras não eram ordenadas por Deus, mas permitidas por Ele, e era o homem quem decidia por guerrear. Outros já argumentam que as guerras naquela época eram diferentes. Tratavam-se de guerras divinas e não humanas, e a prova disso eram as intervenções milagrosas de Deus nos conflitos.

Há um trecho bíblico em que Jesus declara: “Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” (Mt 10:34) Os pacifistas dizem que esta declaração não tinha a intenção de mostrar o objetivo da vinda de Cristo à Terra, mas seus resultados. Por causa dEle, por amor a Ele, haveria discórdias e divisões nas famílias e na sociedade. É realmente o que vemos hoje. Muitos são perseguidos por causa do amor de Jesus. Em alguns lugares as pessoas morrem se declararem fé em Cristo.

Outra passagem bíblica em que os pacifistas se baseiam para não desejarem a guerra é a do Sermão do Monte, quando Jesus diz: “não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” (Mt 5:39). Em Romanos 12:19-21 está escrito:
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira; porque está escrito: A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.

Um importante argumento em favor do pacifismo é o de que a Bíblia inteira fala de amor, e o maior de todos os mandamentos é o amor. Ainda no Sermão do Monte, Jesus disse que devemos amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem (Mt 5:44). A guerra expressa ódio e, na maioria das vezes, sua origem está no ódio. Portanto, participar da guerra é o mesmo que descumprir o maior dos mandamentos.
Existe também o cristão que assume uma postura equilibrada. Ele defende a teoria da guerra justa, à qual Geisler (1984) chama de seletivismo. O seletivista defende que é correto participar de algumas guerras, aquelas que possuem um motivo justo ou uma causa que futuramente beneficie a nação ou o grupo interessado. Se pensarmos nas guerras injustas, concluiremos que o ativismo está equivocado. Se pensarmos nas guerras justas, veremos o pacifismo como equivocado.

A Bíblia ordena que sejamos submissos aos governantes. Contudo, a própria Bíblia é clara em mostrar que às vezes não é certo obedecer ao governo quando este não está de acordo com os mandamentos divinos. Em Daniel 6, vemos a ordenação do rei em ser adorado e a recusa de três jovens tementes a Deus em obedecer-lhe (havia uma ordem divina superior: adorar somente a Deus). Como esta, há outras situações na Bíblia que mostram que a obediência a Deus vem antes da obediência ao governo humano.
Além disso, com relação às guerras do Antigo Testamento, os seletivistas afirmam que algumas foram concessivas, mas outras estavam dentro da vontade de Deus que ocorressem, como foi o caso, por exemplo, da guerra com os cananeus e outros povos:
“Porém, das cidades destas nações que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, não deixarás com vida o que tem fôlego. Antes, como te ordenou o Senhor, teu Deus, destruí-las-ás totalmente: os heteus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus” (Dt 20:16,17).

O mandamento que diz “não matarás” também tem sua justificação sob o ponto de vista da teoria da guerra justa:  em hebraico há muitas palavras que definem a palavra morte, cada uma expressando um sentido diferente. No caso da frase do mandamento bíblico, o verbo é teresach, e possui o sentido de assassinar. Portanto a melhor tradução seria “não assassinarás”. Um mandamento que proíbe o assassinato não está necessariamente proibindo a guerra. Os pacifistas acreditam que as mortes na guerra são assassinato. Contudo, uma das partes pode estar apenas se defendendo. Segundo Manuel Pedro Cardoso, a Nova Enciclopédia Larousse define assassinato como sendo um “homicídio feito com premeditação ou à traição.” Numa guerra, aqueles que se defendem ou lutam por um ideal justo não podem ser considerados assassinos. A morte não é desejada pelos combatentes, apesar de todos saberem que ela ocorrerá como conseqüência direta.

Além das guerras justificadas e justificáveis, devemos pensar também nas defensivas, isto é, aquela que um país se vê forçado a fazer quando é atacado. Não resistir, neste caso, acarretaria na morte de muitos civis inocentes, além de ceder à ocupação geográfica e política do inimigo.

Mais um argumento dos seletivistas está na reverência pela vida. Assim como não devemos tirar a vida de outros, devemos preservar a nossa e defendê-la. Os pacifistas utilizam o texto de Romanos 12:19-21 como argumento para a defesa da não-resistência. Entretanto, o versículo anterior (Rm 12:18) deixa claro que devemos ter a paz com todos, mas apenas até o ponto em que isto é possível. Isto significa que Paulo sabia que haveria situações em que sustentar a paz não depende da nossa vontade.

Após toda essa análise, podemos concluir apenas que não há uma visão definida por parte dos cristãos a respeito da guerra. Nem mesmo a sociedade em geral pode ter uma única opinião sobre o assunto, pois tanto a defesa quanto a repulsa da guerra possui argumentos eticamente favoráveis e desfavoráveis. Não podemos pensar na melhor solução para a questão da guerra, mas apenas levar em consideração o contexto em que ela está sendo criada e optar por aquilo que for “menos pior”, ou seja, sempre haverá inocentes prejudicados, mas devemos pensar numa alternativa em que esse prejuízo seja o menor possível.

Referências Bibliográficas

A Bíblia sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Barueri, SP: SBB, 1988.

BARRINGTON MOORE, Jr. Da guerra, crueldade, opressão e sordidez humana geral. In: Reflexões sobre as causas da miséria humana e sobre certos propósitos para eliminá-las. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.

BAUER, Johannes B. Dicionário de Teologia Bíblica v.1. São Paulo: Loyola, 1975.

CARDOSO, Manuel Pedro. Pacifismo. In: http://www.estudos-biblicos.com/pacifis.html. Acesso em 16 de junho de 2009.

GEISLER, Norman L. O cristão e a guerra. In: Ética cristã: alternativas e questões contemporâneas. São Paulo: Vida Nova, 1984.

GRENZ, Stanley J. e SMITH, Jay T. Dicionário de ética. São Paulo: Vida, 2005.

Não Violência. In: pt.wikipedia.org/wiki/Não-violência. Acesso em: 17 de junho de 2009.


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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

'Realizar nossos sonhos é conhecer o propósito de nossas vidas'



O tradicional culto semanal no Palácio Paiaguás, nesta terça-feira (22.02), foi conduzido pelo pastor Eduardo Baldaci de Lima, da 1ª Igreja Batista de Cuiabá, e teve como tema “nunca desista de seus sonhos”, como está escrito em Atos dos Apostólicos, ao qual diz: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos” (Atos: 2,17).
Que sonhos buscamos em nossas vidas?”, pergunta o pregador. Todos tem um sonho coletivo, como agora todos pensam na Copa do Mundo em 2014, mas existe o sonho particular de cada um. E o qual é o preço a se pagar por esse sonho, em termos de ética, de valores morais. “Tem valores que não podemos abrir mão”, exalta.
 O sonho da maioria das pessoas é ter sucesso. Mas, precisamos definir o que é sucesso realmente. “Sucesso é conhecer o propósito de nossas vidas, crescer para alcançar nosso potencial máximo e lançar sementes que beneficiem outros”.
A realização do sonho força a mudanças. E mudanças incomoda outras pessoas e passam a criticar quem mudou. Essas críticas, muito das vezes, são os gigantes – como é dito na palavra – do gigante Golias que zombava de Deus e das pessoas que confiavam n'Ele. Mas Davi venceu o Gigante e nós também – confiando em Deus podemos vencer nossos gigantes.
Na oração final, o pastor clamou por forças para que possamos realizar nossos sonhos. Estiveram presentes, servidores do Gabinete do Governador, da Casa Civil, da Casa Militar e da Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom-MT).

domingo, 6 de fevereiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

O Cão, a lenda e a verdade



O cachorro Joe, confundido com o cão Caramelo,
 na foto
em que aparece ao lado de
 um uma cova em Teresópolis,
 na Região  Serrana (Foto: Vanderlei Almeida/ AFP)
 Caramelo, esse foi o nome que deram ao cão Joe.Tal mudança ocorreu em face da tragédia, motivada por uma foto dele ao lado de uma sepultura em um dos cemitérios da região serrana do Rio de Janeiro.

Joe tornou-se celebridade e personagem principal de uma lenda urbana. E como o povão gosta de lendas... Auxiliados pela máxima popular de que “o cachorro é o maior amigo do homem”, bastou o cãozinho dar IBOPE que logo surgiu uma multidão de pessoas interessadas em adotá-lo. Afinal, tudo parecia mostrar que se tratava de um animal com dons sobrenaturais...

Porém, Joe é apenas uma das demonstrações do misticismo popular, que aliado à mídia, necessitava ser alimentada por um ícone pós-tragédia. A fábula foi que, aquele cão (então batizado de Caramelo) havia reconhecido a sepultura de seu dono e havia resolvido passar ali o resto de sua existência canina na Terra.

Como sou cético com coisas que não são descritas na Bíblia, resolvi questionar o assunto em uma rede social. Fiz uma pergunta simples: “Como aquela cão poderia reconhecer o dono já que os corpos foram amontoados em avançado estado de decomposição, como muito formol e, após a liberação, com seus enterros de caixão fechado ?”

Foi a gota d´água para que eu fosse quase linchado virtualmente. “São mistérios que o homem e nem a ciência explica”, “Isto é coisa sobrenatural...”, e outras explicações nada convincentes. Todas tentando uma explicação sobrenatural para um suposto cão que enxerga a alma de seu dono.

Na verdade, eu até conheço a história de um outro cão, muito parecida, porém com outras características que a tornam mais verídica. Em Maricá, um cão acompanhou uma família ao velório de seu dono, viu o caixão ser aberto à beira de sua sepultura e, depois de fato, resolveu ficar ali guardando a cova pelo resto de seus dias. Nesta história não há nada de sobrenatural, mas sim de sentimental. Cientistas dizem que os cães não acham que possuem donos, mas eles mesmo se acham donos de seu tratador. Um cão que viu sua propriedade ser enterrada, sentiu o seu cheiro, resolveu guardar sua propriedade.

Caramelo só mostrou mesmo o quanto as pessoas continuam leigas sobre assuntos espirituais. Acreditam que a alma de uma pessoa permanece ao lado do corpo ou que fica perambulando pelas ruas.

Enquanto isto, a Bíblia diz: “Morreu o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No Hades, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e a Lázaro no seu seio. E clamou: Pai Abraão, tem compaixão de mim! E mande a Lázaro que molhe a ponta do seu dedo, e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama! Mas Abraão respondeu: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens na tua vida e Lázaro do mesmo modo os males; agora, ele está consolado, e tu em tormentos. Demais, entre nós e vós está firmado um grande abismo, de modo que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para nós...” Luc. 16:16-31

Felizmente não devemos ter medo da verdade. "É tudo mentira", protestou o verdadeiro dono do animal, o coveiro Rodolfo Júnior. Agora é só conferir no link http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/chuvas-no-rj/noticia/2011/01/e-tudo-mentira-diz-coveiro-sobre-cao-fotografado-ao-lado-de-sepultura.html e continuar crendo que a Bíblia sempre tem razão.

domingo, 16 de janeiro de 2011

De Olho no Céu: Clima Extremo: O Futuro apocalíptico do Planeta Te...

De Olho no Céu: Clima Extremo: O Futuro apocalíptico do Planeta Te...: "Sempre que ocorre morte por causa de qualquer acidente, a tendência humana é de racionalizar o incidente, procurando desculpas e culpados pe..."

Sobreviva às tragédias da Vida

Sinceramente, diante de uma tragédia como esta, tenho “espécie” quando ouço cristãos falando que cuidar do meio ambiente é coisa de nova era.

Neste momento, não nos cabe também, tentar minimizar o problema dizendo que é assim mesmo, pois são os sinais dos tempos ou ainda, espiritualizar o evento.

A Bíblia diz que tudo acontece com todos, a tragédia no meu amado estado do RJ atingiu todos os credos, todos os níveis de espiritualidade, todas as denominações, todas as raças, todas as faixas etárias, todas as classes sociais... Portanto, nada de juízo de Deus contra este ou aquele município.

Tragédias são inevitáveis em nossas vidas, porém as pessoas precisam mais de encorajamento do que explicações quando passam por elas.

Ocorre é que Deus criou leis naturais, as quais não as revoga. Leis da física, do meio ambiente, da geologia... E a humanidade, por causa do pecado, transgride todas as leis.

Respeitar a natureza é uma destas leis, e cada vez mais, tem sido desrespeitada. Quando a humanidade invade florestas, constrói em áreas geológicas de riscos e afrontam leis naturais o resultado não pode ser outro.

Certa vez eu ouvi que se eu ou qualquer outro herói da fé caíssemos de um prédio de 30 andares o resultado seria o mesmo - a morte. Fiquei meio estarrecido, mas depois convencido de que era a pura verdade.

Igrejas que constroem em área de riscos correm perigo igualzinho a casa do ímpio. A lei da hidrodinâmica e da gravidade não vai fazer escolha na hora da tragédia.

Entretanto, temos sempre lições para aprender diante deste momentos. Certa vez, ouvi uma frase que bem define o que temos de fazer de agora em diante: O sábio aprende com o erro dos outros e o tolo com seus próprios erros. Aliás,

Uma das frases mais repetidas durante a cobertura jornalística: “É hora de aprendermos com as tragédias...”

O Relato de Jó nos mostra que o assunto é tão antigo como a humanidade: "Sucedeu então que, estando os filhos e filhas de Job comendo em casa do irmão mais velho, um mensageiro veio a correr à casa de Job com esta notícia: Os teus bois estavam a lavrar, e as jumentas a pastar ao lado, quando se chegaram os sabeus que cairam sobre os animais e mataram os guardadores; só eu escapei. Ainda este não tinha acabado de falar quando se chega outro: Veio fogo do céu sobre as ovelhas e os pás”tores todos; só eu consegui escapar, e vim logo trazer-te a notícia.“ Jó 1:13-15


Vejamos algumas lições:

. Entenda que tudo acontece com todos

"Constatei também que há uma coisa que acontece tanto ao sábio como ao insensato - é que tanto morre um como o outro." Ecles. 2:15

Para nosso bem estar psicológico e espiritual o melhor é se afastar dos Julgadores de Plantão. Aqueles que ao invés de ajudar, criticam e espiritualizam tudo como sendo fruto de um suposto julgamento de Deus.

. Aceite que o mundo não é um “playground”

"Disse-vos tudo isto para que tenham paz. Aqui na Terra terão muitos sofrimentos; mas tenham coragem, porque eu venci o mundo." João 16:33

Então pare de procurar uma fé fantasiosa. A Bíblia diz que tudo acontece com todos, a tragédia no meu amado estado do RJ atingiu todos os credos, todos os níveis de espiritualidade, todas as denominações, todas as raças, todas as faixas etárias, todas as classes sociais... Isto aconteceu, não porque você está na igreja ou denominação errada, mas sim porque você está no Mundo, aonde todos passamos por dificuldades. A fé Cristã não é um antídoto contra tragédias, mas sim o diferencial de como enfrentamos estas crises.

. Utilize estes momentos para comunicar o amor de Deus

"É ele quem nos conforta nas nossas tribulações; e isto para que também possamos ajudar outros que estejam aflitos, com a mesma ajuda e conforto que Deus nos deu." 2 Cor.1:4

Somos obrigados à olhar as tragédias ao seu redor com olhar de misericórdia. Misericórdia social, Misericórdia política, Misericórdia espiritual...

Nossa misericórdia precisa ser inteligente. Atitudes proativas são mais baratas do que as reativas - Todos os anos ouvimos as mesmas coisas, assistimos as mesmas cenas. O preço disto tem sido muito alto, pois trata-se do preço de vidas humanas. Pregar por cuidados com o meio ambiente, com nossa escolha para locais de residência, entre outros temas menos espirituais podem ajudar o povo de Deus. Nosso discurso precisa ser revisto.

. Reconstrua sua vida com a ajuda de Deus

"Mas depois disse-lhes: Sabem muito bem a miséria em que se encontra a nossa cidade, em ruínas, com as suas portas ardidas. Vamos reconstruir as muralhas de Jerusalém e sair deste opróbio em que nos encontramos!" Nee. 2:17

Se recuse permitir a destruição causada pela tragédia. Mas, me perdoe... nada de declarações verbais de “determinação”, mas sim muito trabalho, dedicação e amor. Temos que nos recusar sairmos desta como arrasados e temos que auxiliar outros no mesmo sentido.

Deus trará auxílio, mandará pessoas e usará você para abençoar os outros.

Certa vez ouvi que até mesmo as experiências dolorosas tem seu propósito, pois só quem passa por elas podem ajudar outros que passarão pela mesma situação. Não foi fácil aceitar o texto de Paulo: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito” (Rom. 8:28) Mas quando Deus diz que todas são “todas coisas”, então podemos confiar na Sua Soberania.

Agora não é hora de discurso, mas hora de sermos instrumentos de Deus para auxílio na reconstrução da vida dos vitimados pela tragédia.

Lições Finais:

. Não pergunte "por que?" mas sim "para que?"

. Fuja dos críticos

. Aproxime-se de Deus

. Creia que Deus é soberano