quinta-feira, 30 de outubro de 2014

.: A Minha opinião como Pastor astrônomo sobre a decl...

.: A Minha opinião como Pastor astrônomo sobre a decl...: No dia de hoje (29 de outubro de 2014) estou em Orlando (EUA) , onde na parte da manhã palestrei sobre o tema: "A Defesa do Criacioni...

terça-feira, 23 de setembro de 2014

INDO NA DIREÇÃO DE DEUS !



Há um texto em Atos, que nos coloca a pulga atrás da orelha. O texto diz: "E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu." (Atos 16:7)

Isso mesmo, lemos que o Espírito Santo não permitiu que Paulo fosse em uma determinada direção. Muitas especulações poderiam ser levantadas, pois Mateus nos afirma: "O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do Reino." (Mat.13:38)

Eu presumo que indo na direção da Ásia haveriam problemas culturais e linguísticos, enquanto continuando pregando pela região da Macedônia, os costumes e idiomas seriam familiares, o que pouparia tempo para a necessidade premente de expansão do evangelho em sua fase embrionária.

Ou seja, tanto lá como cá, todos os cantos necessitam do evangelho. Não devemos desvalorizar ou superestimar uma obra missionária somente por causa de nossa avaliação humana. Cada missionário é moldado por Deus para uma determinada Obra, senão vejamos no livro de Atos que Paulo pregava aos Judeus, enquanto Pedro aos Gentios.

Quando me senti chamado para sair de meu país, percebi o conceito errado de missões que muitos possuem. Se você está indo para a Africa, especialmente para um país com o Ebola, então você é um missionário. Mas se é para a América do Norte, então é para ficar rico!

Quem segue o chamado de Deus não precisa se justifcar para os homens, mas há momentos em que necessitamos enfatizar que Chamada divina é pessoal, instransferível e irrevogável. Aliás, o livro de Jonas nos conta muito bem as duras lições aprendidas por um homem que resolveu questionar a "DIREÇÃO" dada por Deus.

Algumas pesquisas afirmam que cerca de 1.5 milhão de brasileiros vivem nos EUA. Pessoas que vieram atrás do sonho americano e que muitas vezes se esquecem de Cristo ou Dele nunca ouviram falar. Isso para não tocar no assunto da religião nominal.

Deixar a pátria, renunciar o convívio com familiares e amigos, aprender novos idiomas, suportar novas leis e costumes, acostumar-se com novos paladares e impregnar-se de uma nova cultura não é tarefa que eu pense ser muito fácil para os críticos de plantão!

Ao mesmo tempo, especialmente na América, onde o evangelho se aproxima de uma religião de faxada, a maior revista do mundo - TIME MAGAZINE - deu ênfase de que o país está sendo salvo graças aos Missionários Latinos que estão provocando uma nova reforma na espiritualidade americana.

Oremos então por todos que, independentes de onde estejam indo fazer missões, estejam sempre INDO NA DIREÇÃO DE DEUS !

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Falling in Love versus Failing in Love


“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”1 Coríntios 13:13

Paulo, aos escrever aos Coríntios, faz um tratado sobre o amor. O faz diante de uma igreja carnal, que necessita crescer espiritualmente e sentimentalmente. Uma igreja tão dura, que alguns teólogos chegam à afirmar que seriam 3 cartas dirigidas à ela, sendo que a “carta áspera” teria se extraviado e não veio à fazer parte do Canon Bíblico.

Igreja que não ama é uma contradição, pois Deus é Amor, e por amor nos enviou Seu único filho (Jo. 3:16)

A exemplo de Corinto, uma igreja pode se preocupar com a teoria e se esquecer da prática. Preocupa-se com os dons, com o conhecimento e falha na demostração prática do amor.

Paulo enfatiza no capítulo 12 de Romanos, alertando: “...não sejais vagarosos no cuidado... acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade... sede unânimes entre vós...”, entre outras práticas.

Não me espanto quando tenho notícias de igrejas estagnadas ou que fecharam suas portas. Alguns eu conheço, outras ouvi falar. E mesmo não estando por perto de algumas delas, sei que o denominador comum é a falta de amor.

A falta de amor gera aquele velho jargão: “Vou orar por você”, mas ninguém diz: “Vou ficar apenas na oração, afinal deixa Deus resolver o seu caso sozinho”. A demora interminável de pautas “sob à mesa” na espera da sessão administrativa do próximo mês, enquanto a necessidade é premente, e muitas vezes não pode esperar...

Tiago nos diz: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e nào lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” Tiago 2:14-17

Em diversas partes da Bíblia, vemos Deus agindo por conta própria, enviando Anjos e fazendo milagres para suprir necessidades de seus servos. Porém, também é verdade que lemos outras inúmeras vezes, o mesmo Deus usando pessoas para abençoar outras pessoas. “Entretanto, fizestes bem em participar da minha aflição.  Sabeis, ó filipenses, que, durante os vossos primeiros dias no Evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja compartilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vós...” Paulo aos Fil. 4:14-15

Certa vez ouvi o Pr.Rick Warren fazer uma declaração, daquelas que você já sabe, mas precisa aparecer alguém para enfatiza-la. Ele afirmou: “Igrejas que amam crescem, Igrejas que crescem amam!”

Eu usei os termos ”Falling in Love” e “Failing in Love” emprestado do inglês como um trocadilho. São sonoricamente parecidas, mas distintas em seu significado. Falling in Love significa em português – “Caindo, morrendo de Amor”. Já “Failing in Love” significa “Falhando em amor”.

Jesus, nosso exemplo de amor,disse:Ninguém tem maior amor do que aquele que  a sua vida por seus amigos.” Jo. 15:13 Ou seja, espera-se que a vida de uma igreja seja Amar à Deus e ao próximo. Ser apaixonada por fazer a Obra de Deus.

No Apocalipse encontramos uma séria advertência à Igreja de Efeso, a igreja que perdeu o amor(Apoc.2:1-7).


Neste mundo atual, quando muitos cristãos estão preocupados em julgar a doutrina alheia e se esquecem de amar ao pecador através do evangelismo, é tempo de reaprender o significado prático da palavra amor. Sua Igreja é apaixonada pelo Noivo ou está falhando nesta tarefa ?

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Qual o Tamanho do Seu Milagre?

"Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” Fil. 4:6


  
Na Bíblia, sem mencionar o tamanho de uma necessidade, Paulo nos orienta à que façamos orações e súplicas por elas. Em nenhum momento é afirmado que devemos “dimensionar” o tamanho de uma necessidade. Ou seja, a teoria deque só devemos orar por “coisas grandes” e não encomodar Deus com coisas “pequenas”.

Porém, uma necessidade é uma necessidade, uma especificidade particular. Algo pode ser simples para uma pessoas, e ao mesmo tempo ser grandioso para outra pessoa. Por isso mesmo há um ditado popular que diz: “só quem calça o sapato sabe onde o calo lhe aperta” !

No tempo em que vivemos atualmente na história do evangelho, muitas vezes guiados mais pelos pregadores fanfarrões da teologia do sucesso e da prosperidade, somos contagiados com a falsa visão de que um milagre precisa ter tamanho e dimensões astronômicas. Tem que ser um carro zero, não vale um usado em bom estado. Tem que ser uma mansão, não vale uma casa digna. Tem que ser muito, não pode ser pouco.

Certa vez ouvi o testemunho de um missionário que necessitava de algo muito pequeno aos olhos humanos. E ele pensou consigo mesmo antes de orar: “Se minha fé não é suficiente para eu pedir algo pequeno e receber, como poderei depois orar por coisas maiores?”

Encontramos na Palavra de Deus milagres grandiosos, tal como o “dia em que a Terra parou”, a “abertura do Mar Vermelho” e a multiplicação dos pães e peixinhos. Outros poderiam ser considerados “menores”: O Machado que flutuou, o veneno tirado da panela ou Paulo ser mordido por uma serpente e ter sobrevivido. Entretanto, há um milagre que pode ser considerado o “menor” de todos e que é vivenciado por multidões diariamente: “O Pão nosso de cada dia nos dá hoje...”

Num mundo onde 1 em cada 8 pessoas passa fome a cada dia, ter um pedaço de pão é um milagre. Certamente, não na mesa do abastado, que até tem o luxo de jogar comida no lixo, e despreza as coisas pequenas.

842 milhões de pessoas não comeram ser quer um pão enquanto você lê o meu artigo. Para esse grupo, um simples pão seria um Milagre grandioso.

Vivendo um período sabático longe do meu país e de suas iguarias culinárias, vez por outra sentimos falta do sabor de uma comida ou produto brasileiro. Mesmo se tendo algum dinheiro, não é simples ir “ali na esquina” e comprar um pão francês, uma picanha ou uma mandioca. Simplesmente, ou é dificil de encontrar ou não existe para vender!

Ontem, minha esposa foi supreendida com um presente: Duas sacolas repletas de pães franceses. Ela não se conteve de alegria e deu seu testemunho pelo Facebook.

Não demorou a aparecer quem justificava não se tratar de um milagre, pois afinal como poderia Deus se preocupar com coisa tão pequena,tal como um simples pão francês?

Nesta mania humana de ditar o que Deus pode ou não fazer, há aqueles que simplesmente não creem mais em Deus, e há aqueles que só creem que Deus pode fazer coisas grandiosas. E o detalhe é exatamente este: o que realmente significa algo grandioso ?

Deus nunca nos prometeu cuidar de nossos luxos, mas sempre prometeu suprir nossas necessidades. Talvez esteja aqui o problema da vida de oração e das experiências frustradas com a fé; a mania humana de dimensionar o que Deus pode ou não fazer. Jesus é claro e específico: “Pois nada é impossível para Deus” Luc.1:37 E “Nada” significa “nada grande” e “nada pequeno”.

O Deus que criou as galáxias de anos-luz de diâmetro, foi o mesmo que criou o DNA de todos os seres viventes. “Porventura sou eu Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe?” Jeremias 23:23

Lembre-se: “Ninguém despreze o dia das coisas pequenas” (Zacarias 4.10)



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Quando a "Cura" é Impossível !


                                                                                     Pr.Eduardo Baldaci

"Num momento caiu babilônia, e ficou arruinada; lamentai por ela, tomai bálsamo para a sua dor, porventura sarará.Queríamos curar babilônia, porém ela não sarou; deixai-a, e vamo-nos cada um para a sua terra; porque o seu juízo chegou até ao céu, e se elevou até às mais altas nuvens."

                                                                                                                    Jeremias 51:8-9

Não vou falar da cura de uma doença que atinge a parte física de uma pessoa. Quero falar da "Cura Espiritual" de uma doença chamada Pecado que atinge pessoas, nações e organizações.

Quando Jeremias faz referência à Babilônia, fala da cidade e faz referência ao espírito de Apostasia, o qual mais tarde será usado em todo o Novo Testamento para designar todo o afastamento de Deus. A própria origem da palavra Babilônia é "Babel" = Confusão. Tudo o que é falso provém de Babel.

Até hoje, muitos estão embriagados e intoxicados com o que provém de Babilônia.

O mais triste é a declaração de que ela (Babilônia) poderia ter sido curada, mas não foi. Ela esteve com o povo de Deus, ouviu a mensagem do profeta de Deus, mas se recusou obedecer ao Conselho de Deus. Tão perto fisicamente, porém distante espiritualmente.

Neste contexto, a cura possível se torna impossível, pois ao rejeitar o Espírito de Deus e Sua mensagem, extinguiram toda e qualquer chance de arrependimento e concerto com o Senhor.

Haja visto que tal doença tenha potencialidade para atingir pessoas, e consequentemente Igrejas,vejamos como diagnosticá-la:

I - INDIFERENÇA PARA COM A PALAVRA DE DEUS

"Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem.
Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante." Jeremias 7:23-24

Deus manda para uma igreja um pastor segundo o coração Dele. Ele prega a Palavra de Deus de acordo com o que Deus manda pregar. Porém, as "ovelhas" resolvem não obedecer a Voz do Espírito Santo e a igreja começa à andar para trás. Isso soa familiar aos seus ouvidos?

A Indiferença para com a Voz de Deus é o primeiro sintoma espiritual de uma igreja doente.

II - INDIFERENÇA PARA COM OS SERVOS DE DEUS

"Os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, ouviram a Jeremias, falando estas palavras na casa do Senhor. E sucedeu que, acabando Jeremias de dizer tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, dizendo: Certamente morrerás." Jeremias 26:7-8

Como o pastor não prega o que "gostamos de ouvir", pois suas mensagens são "duras" e espiritualmente penetrantes, a solução é fazer uma reunião para "matar" o ministério do pastor. 

O desrespeito com o profeta de Deus é o segundo sintoma espiritual de uma igreja enferma.

III - INDIFERENÇA PARA COM O PRÓPRIO DEUS

"E fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus; nem se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor.
Além disto, também se rebelou contra o rei Nabucodonosor, que o tinha ajuramentado por Deus. Mas endureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou no seu coração, que não se converteu ao Senhor Deus de Israel. Também todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam de mais em mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa do Senhor, que ele tinha santificado em Jerusalém.
E o Senhor Deus de seus pais, falou-lhes constantemente por intermédio dos mensageiros, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação.Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve."  2 Crônicas 36:12-16

Como Deus manda Sua mensagem e Seu Mensageiro e o povo não obedece nem à um e nem ao outro, a solução é decretar que não há solução, não há cura possível !

Disse Jesus: "Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore." Mateus 12:30-33

CONCLUSÃO:

Você que é membro ou líder de uma igreja apática e espiritualmente morimbunda reflita sobre o assunto. Há muitas igrejas "ativas", mas espiritualmente doentes. É certo de que a igreja seja chamada de Hospital, onde estejam os que precisam ser curados. Porém, o que se espera de um bom hospital é que as pessoas não morram de infecção por contágio com "outros doentes". Um bom hospital recebe os doentes e administra o remédio para a cura. Uma igreja doente,que se afasta do "remédio", será mais um "cemitério" do que um hospital.

Se tem um local que não pára de crescer todos os dias, como novas pessoas à cada instante, este lugar chama-se de CEMITÉRIO. Sua igreja pode até crescer em número, mas se não ouve e obedece a Palavra de Deus, se não respeita seus mensageiros; então é um crescimento morto de uma vida espiritual doente e sem chance de permitir a ação do Espírito Santo de Deus.

ARREPENDAM-SE !

"Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir.Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça." Isaías 59:1-2

E Lembrem-se:

"Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura"  Prov.29:1





quinta-feira, 22 de maio de 2014

Um Fruto espiritual chamado Ética

                Desde que me converti e decidi ser um seguidor de Jesus, tendo-o como Senhor e Salvador, passei a ser indagado se eu tinha “algum dom”. Confesso que, lá há uns 30 anos atrás, essa era uma questão que me incomodava um pouco. Na minha classe de EBD, fui ensinado com base bíblica que cada servo tem pelo menos um dom, sendo que alguns podem ter maiores quantidades. Porém, nunca soube de ninguém que tivesse todos os dons !

               A questão que passa pela complexa definição da diferença entre ser “convertido” ou “convencido”, tem seu espaço de debate porque só um convertido pode ter o batismo com o Espírito Santo. E aqui entramos em outro debate bem delongado, pois advogo o que a minha denominação tem como declaração doutrinária: Quando uma pessoa se converte, logo é batizada com o Espírito Santo.

             Para mim, o problema se encontra é que Todas as denominações possuem igrejas repletas de membros que ainda não tiveram uma sincera conversão aos princípios e ensinamentos de Jesus. Muitos querem Jesus como salvador, mas quando a questão é Jesus Senhor, ai a coisa toda muda de figura.

            É como eu sempre digo: “A pessoa entrou no Cristianismo, mas o Cristianismo não entrou na pessoa”.

           Por conta deste “Raimundismo” (Pé na igreja e pé no mundanismo), o evangelho fácil, sem doutrinamento e discipulado tem proliferado num desconhecimento profundo da importância da Ética.

         “Você tem o dom de profecia?”, “Você tem o dom de línguas?”, “Você faz Maravilhas?”...são os questionamentos com os quais os grupos adeptos do Batismo do Espírito Santo como uma segunda benção ou experiência,”bombardeiam” os cristãos não adeptos desta leitura teológica.

         Tais igrejas focam nestes dons e no ritual de usos e costumes, que segundo advogam, é com o propósito de aprofundar a vida espiritual de seus seguidores.

        Entretanto, é crescente a observação de que podemos encontrar com uma pessoa capaz de “falar línguas”, mas ao mesmo tempo capaz de fazer uma fofoquinha ou pronunciar uma palavra torpe. Conheço inúmeros casos de pessoas com “dons de advinhação” que se esquecem da dívida na padaria da esquina de sua casa. É quando eu me pergunto: “Como o Espírito de Deus pode fazer uma pessoa ter relevação sobre uma outra, e não lembra-la de seus próprios problemas?”

         Uma questão importante é também a velha frase de que “os fins justificam os meios”. Ela não é eticamente nada correta. Por exemplo: “Eu preciso de trabalhar, ganhar o pão nosso de cada dia, poderei eu então como Cristão vender cigarros ou bebidas alcoólicas?”

         No curso de Gestão de Recursos humanos, percebi o número elevado de membros de igreja que são os piores colegas de trabalho, os mais desagregadores e perseguidores. O que está errado? O evangelho? Não! O que está errado é a falta do ensinamento da ética e suas implicações na Igreja e na vida cristã prática.

        Em seu sermão ético conhecido como Sermão da Montanha, Jesus disse: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mateus 5:20

        “A Salvação é pela graça”, diriam alguns... E é mesmo... Porém, A graça não pode ser confundida com relaxamento e carta branca para uma vida cristã vivida longe da Ética.
        Ser uma pessoa ética, certinha, que não se envolve em escândalos, que não xinga, que não traí seus familiares, não trás a salvação. Porque Obras não salvam! Porém, para quem Já é Salvo, tais coisas são INDISPENSÁVEIS, pois são as Boas Obras dos Salvos !!!
       O grande problema da ética é que ela deve ser aprendida todos os dias, até mesmo para quem já a conhece. Ocorre que, cada vez menos, há o ensino de ética nas igrejas. Ética tem haver com minha vida prática, meu casamento, meu dinheiro (como eu o ganho e como eu o gasto)...
      Uma questão importante é também a velha frase de que “os fins justificam os meios”. Ela não é eticamente nada correta. Por exemplo: “Eu preciso de trabalhar, ganhar o pão nosso de cada dia, poderei eu então como Cristão vender cigarros ou bebidas alcoólicas?”

         "Ética" significa do grego ἠθικός (ethikos), e significa aquilo que pertence ao ἦθος1 (ethos), que significava "bom costume", "costume superior", ou "portador de caráter"

         E quando falamos de Evangelho e o Poder do Espírito de Deus, falamos automaticamente de Caráter e a mudança produzida nele.

        Mas, e o que é Caráter? Simploriamente eu poderia responder com o pensamento de Epicuro: “Caráter é aquilo que você é quando ninguém está te olhando.”

         Para aprofundar mais um pouco, peguei emprestado esta definição: “Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo. É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes.O conjunto das qualidades e defeitos de uma pessoa é que vão determinar a sua conduta e a sua moralidade, o seu caráter. Os seus valores e firmeza moral definem a coerência das suas ações, do seu procedimento e comportamento.Uma pessoa conhecida como "sem caráter" ou "mau caráter", geralmente é qualificada como desonesta, pois não apresenta firmeza de princípios ou de moral. Por outro lado, uma pessoa "de caráter" é alguém com formação moral sólida e incontestável.” (fonte: http://www.significados.com.br/carater/)

       É ético de minha parte dizer que a Salvação em Cristo Jesus trás suas marcas nos frutos do Espírito Santo: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.”Gálatas 5:22 Em outras palavras, o cristão salvo NECESSITA ter estes frutos. E eu creio que a ética é a somatória de todos estes frutos.

      Talvez o problema atual do Cristianismo é porque ele ficou focado nos dons, os quais podem e são todos copiados pelo Diabo, o qual jamais poderia copiar ou clonar a ética. Ele nunca foi ou será ético !
      

        

terça-feira, 11 de março de 2014

ALELUIA, NÃO ESTAMOS SÓS !!!

                           “Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Uma voz disse-lhe: Que fazes aqui, Elias?

                           Ele respondeu: Consumo-me de zelo pelo Senhor, Deus dos exércitos. Porque os israelitas abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares e passaram os vossos profetas ao fio da espada. Só eu fiquei, e agora querem tirar-me a vida.

                        Mas reservarei em Israel sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal, e cujos lábios não o beijaram.” 
1 Reis 19:18

                    Dentro do ministério pastoral, há duas áreas que mais me fascinam: Discipulado e Liderança. Meus dons, definitivamente são focados nestas duas áreas.
                   Tempos atrás, lecionei em um seminário. Ministrava aulas em 3 disciplinas diferentes. Foi quando eu descobri que faria um grande serviço à denominação quando eu reprovasse um aluno. Não reprovar por reprovar, mas reprovar por não saber a matéria e não querer alunos medíocres.

                  Talvez eu tenha ficado mau acostumado, pois lá pela década de 90, quando cursei meu bacharel em Teologia, era obrigado à trabalhar 8 horas por dia, viajar duas horas de ônibus para ir e duas para voltar, estudar 3 horas e meia por noite e, aos fins de semana, fazer estágio supervisionado na Igreja.

                  Sei de outros pastores que “ralaram” muito mais do que isto. Porém, meu foco é enfatizar que a vida acadêmica de um seminarista nunca foi “Sombra e água fresca”.

                 Sempre fui um professor exigente, reprovando alunos que “colavam” e não faziam seus deveres acadêmicos, passei a ser um problema para a instituição. Afinal, uma instituição de ensino sobrevive do número de alunos que possui, sendo que aluno reprovado pode desanimar, se tornando menos um mantenedor da organização. Matemática simples: Nota baixa + aluno relaxado + reprovação = menos alunos.

                Anos se passaram, até que tive uma palestra com um Mestre em educação, na qual ela tratou do tema “Mediocridade na Educação”; ou seja, a mania das escolas de nivelarem a turma por baixo, pelo pior acadêmico e não por cima, pelo aluno de maior média.
               Isto posto, refiz minha leitura da “instituição teológica denominacional”, que reduziu de 4 para 3 anos o curso de Bacharel e onde reprovar é proibido!

              Tal contexto não poderia resultar diferente: Fraqueza doutrinária, Púlpitos sem conteúdo e outras mazelas que campeiam pelas igrejas de Norte à Sul do Brasil.
    
             Quando li “TEOLÓGOS PARA UM PÚLPITO INCRÉDULO” como assunto do email que transcrevo abaixo, senti-me aliviado.. Pois não estou só e não estou no caminho errado.

           A pergunta que resta é: “Ainda existe esperança para Israel?”

Transcrição do email da Lista Novos Batistas:          




“Caríssimo Pastor Beltrano
Graça e Paz!

Estudar para quê? – eis aí a questão.

Já não se faz mais teologandos e futuros pastores como antigamente!...

Hoje não é raro, mas muitas, inúmeras são as igrejas que querem crescer por crescer, visando, em alguns casos, apenas o aspecto mercadológico da tentadora e fascinante ‘teologia da prosperidade’ e os pastores não ficam atrás, desembestam com elas... O quadro é este, não há como mais esconder para debaixo do tapete...

Nós, os pastores, é que deviríamos cobrar de nós mesmos conteúdo, espiritualidade e crescimento intelectual diante de Deus, pois é a Ele que servimos em primeiro lugar... Pelo menos penso assim...

Você falou algo muito interessante e que está muito em uso por aí afora, por este mundo de meu Deus, praticado nos assim-chamados ‘seminários teológicos’ que se amontoam e que se proliferam nos quadriláteros das esquinas, bem ali: ora, se você está em dia com suas mensalidades, por que considerar o ‘nível acadêmico’ do aluno? Reprová-lo, se for o caso, para quê? Pagou... passou e o resto é o resto! Para que complicar? Quem sabe ele tenha um amigo, um colega, um familiar para indicar a Casa... E a propaganda é alma do negócio!... E vamos que vamos!... Hoje há uma desembestada comercialização enorme de ‘seminários’, anêmicos que só caldo de bolas de gude, sem nenhum nível de academicismo...

Professores explicitamente despreparados, professores incrédulos, explicitamente liberais, sem nenhum compromisso denominacional, que arrotam ‘exímio saber teológico’, mas na realidade, poucos são profundos... Poucos são os professores que chegam ao final da ementa que elaborou de sua disciplina... E quando os alunos alcançam a duras penas o final de seus cursos, se acham ‘bacharéis em teologia’, e já pensam em ‘mestrado’, dada as facilidades que se lhes apresentam de forma tentadora e ao seu alcance, mormente pelo alcance financeiro  e ficam satisfeitíssimos, enganando-se a si mesmos... Qualé, o negócio é festejar!...

Talvez o que eu esteja dizendo seja um tremendo e imperdoável absurdo diante das observações de alguns intelectualoides de plantão, sempre na espreita, prontos para nos dar uma contra resposta recheada e enriquecida de suas sabichonas razões e ponderações pessoais, que já se tornaram um hábito, é só esperar, mas esta é a realidade que vem acontecendo dia a dia, mormente em nosso meio e todos nós estamos muito satisfeitíssimos com os resultados, muito obrigado! E corramos para o abraço!... Tudo é festa, para que contrariar?

Mudar isso que aí está? Pra quê?... É praticamente impossível!... É como tentar mudar a pele do leopardo...

Agora nos vem a sua pergunta: estudar para quê? Porque vale a pena a estudar, mesmo que não sejamos valorizados! Estudar, estudar e estudar sempre! Diariamente! Continuamente, enquanto há vida em nós!

Basta que tão somente Ele nos valorize e nós nos sintamos valorizados!...

Quanto ao resto, sempre será o resto!... E resto, sempre se descarta: põe-se no lixo que fica bem ali, ao alcance de nossas mãos.

Receba o meu abraço!
Pr. Ciclano “