terça-feira, 11 de março de 2014

ALELUIA, NÃO ESTAMOS SÓS !!!

                           “Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Uma voz disse-lhe: Que fazes aqui, Elias?

                           Ele respondeu: Consumo-me de zelo pelo Senhor, Deus dos exércitos. Porque os israelitas abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares e passaram os vossos profetas ao fio da espada. Só eu fiquei, e agora querem tirar-me a vida.

                        Mas reservarei em Israel sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal, e cujos lábios não o beijaram.” 
1 Reis 19:18

                    Dentro do ministério pastoral, há duas áreas que mais me fascinam: Discipulado e Liderança. Meus dons, definitivamente são focados nestas duas áreas.
                   Tempos atrás, lecionei em um seminário. Ministrava aulas em 3 disciplinas diferentes. Foi quando eu descobri que faria um grande serviço à denominação quando eu reprovasse um aluno. Não reprovar por reprovar, mas reprovar por não saber a matéria e não querer alunos medíocres.

                  Talvez eu tenha ficado mau acostumado, pois lá pela década de 90, quando cursei meu bacharel em Teologia, era obrigado à trabalhar 8 horas por dia, viajar duas horas de ônibus para ir e duas para voltar, estudar 3 horas e meia por noite e, aos fins de semana, fazer estágio supervisionado na Igreja.

                  Sei de outros pastores que “ralaram” muito mais do que isto. Porém, meu foco é enfatizar que a vida acadêmica de um seminarista nunca foi “Sombra e água fresca”.

                 Sempre fui um professor exigente, reprovando alunos que “colavam” e não faziam seus deveres acadêmicos, passei a ser um problema para a instituição. Afinal, uma instituição de ensino sobrevive do número de alunos que possui, sendo que aluno reprovado pode desanimar, se tornando menos um mantenedor da organização. Matemática simples: Nota baixa + aluno relaxado + reprovação = menos alunos.

                Anos se passaram, até que tive uma palestra com um Mestre em educação, na qual ela tratou do tema “Mediocridade na Educação”; ou seja, a mania das escolas de nivelarem a turma por baixo, pelo pior acadêmico e não por cima, pelo aluno de maior média.
               Isto posto, refiz minha leitura da “instituição teológica denominacional”, que reduziu de 4 para 3 anos o curso de Bacharel e onde reprovar é proibido!

              Tal contexto não poderia resultar diferente: Fraqueza doutrinária, Púlpitos sem conteúdo e outras mazelas que campeiam pelas igrejas de Norte à Sul do Brasil.
    
             Quando li “TEOLÓGOS PARA UM PÚLPITO INCRÉDULO” como assunto do email que transcrevo abaixo, senti-me aliviado.. Pois não estou só e não estou no caminho errado.

           A pergunta que resta é: “Ainda existe esperança para Israel?”

Transcrição do email da Lista Novos Batistas:          




“Caríssimo Pastor Beltrano
Graça e Paz!

Estudar para quê? – eis aí a questão.

Já não se faz mais teologandos e futuros pastores como antigamente!...

Hoje não é raro, mas muitas, inúmeras são as igrejas que querem crescer por crescer, visando, em alguns casos, apenas o aspecto mercadológico da tentadora e fascinante ‘teologia da prosperidade’ e os pastores não ficam atrás, desembestam com elas... O quadro é este, não há como mais esconder para debaixo do tapete...

Nós, os pastores, é que deviríamos cobrar de nós mesmos conteúdo, espiritualidade e crescimento intelectual diante de Deus, pois é a Ele que servimos em primeiro lugar... Pelo menos penso assim...

Você falou algo muito interessante e que está muito em uso por aí afora, por este mundo de meu Deus, praticado nos assim-chamados ‘seminários teológicos’ que se amontoam e que se proliferam nos quadriláteros das esquinas, bem ali: ora, se você está em dia com suas mensalidades, por que considerar o ‘nível acadêmico’ do aluno? Reprová-lo, se for o caso, para quê? Pagou... passou e o resto é o resto! Para que complicar? Quem sabe ele tenha um amigo, um colega, um familiar para indicar a Casa... E a propaganda é alma do negócio!... E vamos que vamos!... Hoje há uma desembestada comercialização enorme de ‘seminários’, anêmicos que só caldo de bolas de gude, sem nenhum nível de academicismo...

Professores explicitamente despreparados, professores incrédulos, explicitamente liberais, sem nenhum compromisso denominacional, que arrotam ‘exímio saber teológico’, mas na realidade, poucos são profundos... Poucos são os professores que chegam ao final da ementa que elaborou de sua disciplina... E quando os alunos alcançam a duras penas o final de seus cursos, se acham ‘bacharéis em teologia’, e já pensam em ‘mestrado’, dada as facilidades que se lhes apresentam de forma tentadora e ao seu alcance, mormente pelo alcance financeiro  e ficam satisfeitíssimos, enganando-se a si mesmos... Qualé, o negócio é festejar!...

Talvez o que eu esteja dizendo seja um tremendo e imperdoável absurdo diante das observações de alguns intelectualoides de plantão, sempre na espreita, prontos para nos dar uma contra resposta recheada e enriquecida de suas sabichonas razões e ponderações pessoais, que já se tornaram um hábito, é só esperar, mas esta é a realidade que vem acontecendo dia a dia, mormente em nosso meio e todos nós estamos muito satisfeitíssimos com os resultados, muito obrigado! E corramos para o abraço!... Tudo é festa, para que contrariar?

Mudar isso que aí está? Pra quê?... É praticamente impossível!... É como tentar mudar a pele do leopardo...

Agora nos vem a sua pergunta: estudar para quê? Porque vale a pena a estudar, mesmo que não sejamos valorizados! Estudar, estudar e estudar sempre! Diariamente! Continuamente, enquanto há vida em nós!

Basta que tão somente Ele nos valorize e nós nos sintamos valorizados!...

Quanto ao resto, sempre será o resto!... E resto, sempre se descarta: põe-se no lixo que fica bem ali, ao alcance de nossas mãos.

Receba o meu abraço!
Pr. Ciclano “