terça-feira, 26 de julho de 2016

O Lado obscuro de uma doutrina

Morreu ontem aos 90 anos, Tim Laye, um dos autores de Left Behind, estrelado por Nicolas Cage. Seus filmes fizeram e fazem muito sucesso, apelando para a doutrina do arrebatamento.
A Doutrina do arrebatamento é mais um dos pontos da doutrina pentecostal que eu não creio. Respeito, mas não creio.
É um a doutrina complexa, envolvendo debates sobre pre-tribulação, pós-tribulação e meia tribulação. Essa doutrina também depende do dispensassionalismo com sua leitura complicada de textos bíblicos desconexos.
A popularidade da teologia do arrebatamento é derivada do desejo de vingança. O arrebatamento traz a mensagem “eu avisei, você não quis ouvir, agora sofra!”. Passa mensagem de você ir para o céu agora, dando “tchauzinho” pára os tolos que zombaram de sua fé durante toda a sua vida.
Isso levanta uma pergunta: “Estariam os cristãos se “deliciando” secretamente com o sofrimento dos incrédulos deixados para trás?
Em um dos filmes, uma cena chama à atenção. Milhares de soldados deixam cair suas armas, caem de joelhos e se contorcem, enquanto são cortados aos pedaços. Um grande banho de sangue.
Quando paramos para ver uma cena destas, e pessoas se deleitando com isso, fica difícil de pensar que não há um desejo de vingança presente.
Ao olharmos para essa teologia e a comparamos com o Jesus Bíblico, que nos ensina amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem, teríamos que ter outra atitude.
Essa propaganda do arrebatamento, nutrindo desejos de vingança, não estaria nos levando ao pecado de não evangelizar as pessoas?
É difícil conciliar estes sentimentos teológicos de vingança com o Jesus bíblico que nos ensina a amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem. Assim,será que em vez de elevar nossa moral, a teologia arrebatamento propaga e nutre os nossos desejos vingativos pecaminosos? Será esse o motivo do filme ser tão popular?
Queremos nos alegrar de encontrar pessoas no céu? ou queremos ter o "gostinho" de dizer: "Eu estava certo e você não meu ouviu!"?